segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Insanidade

Havia fogo em toda parte, porque ele estava em toda parte. Suas mãos reconheciam a minha pele, queimando-a. Seus lábios sentiam o gosto de cada centímetro do meu rosto. A parede de pedra bateu nas minhas costas, mas não houve dor. Eu não era capaz de sentir coisa alguma além da queimação.
    Minhas mãos se emaranharam nos cabelos dele, puxando-o para mim como se houvesse algum meio possível de ficarmos mais perto. Minhas pernas se enrolaram na cintura dele, a parede fazendo apoio de que eu precisava. Sua língua se contorcia com a minha, e não havia parte da minha mente que não fosse invadida pelo desejo insano de que ele me possuísse.

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